sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O polêmico comercial da HOPE

Bom dia meninas, tudo bem? Estou devendo muitos posts, mas estava "encamada" com gripe até ontem, e ela ainda não foi embora, mas já estou em pé! Ainda bem... eheh


Vim compartilhar com vocês minha indignação sobre o comercial da Top Gisele para a HOPE.
Um órgão feminista ligado a Presidência da República que tirar do ar o comercial onde Gisele ensina truques para convencer aos maridos a tudo que quiser usando a sensualidade. Veja a matéria:


A Secretaria de Políticas para Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, pediu ao Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária) a suspensão da campanha “Hope Ensina”, estrelada por Gisele Bündchen, alegando que a peça é “sexista” e que infringe a lei. Na propaganda, a top dá dicas de como lidar com o marido e conseguir o que quer dele com graça e sensualidade. A modelo explica nos vídeos que a maneira certa de dizer ao companheiro que você bateu o carro, estourou o limite do cartão de crédito e até que convidou a mãe para morar com o casal é aparecer só de lingerie, e não mais de roupa.




Desde que foi ao ar, no último dia 20, a ouvidoria recebeu 6 reclamações de indignação e, por isso, enviou dois ofícios nesta terça-feira (27/9) ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda, e ao diretor da Hope, Sylvio Korytowski, manifestando repúdio. Em resposta à secretaria, a marca nega desvalorização das mulheres e afirma que a "propaganda teve objetivo de mostrar, de forma bem-humorada, que a sensualidade da brasileira pode ser uma arma eficaz no momento de dar uma má notícia". 

Mas para a secretaria, “a propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual do marido”. Além disso, o órgão alega que há “conteúdo discriminatório contra a mulher”, o que infringe os artigos 1º e 5º da Constituição Federal, nos quais “todos são iguais perante a lei, sem distinção”. Ainda em nota, a Hope diz que que a top brasileira mais conhecida do mundo foi escolhida para não prejudicar o público feminino, seu principal consumidor, e evitar uma visão machista. "Gisele está ali para evidenciar que todas as situações da campanha são brincadeiras, piadas do dia-a-dia." Procurada pela reportagem, a Giovanni+Draftfcb, agência responsável pela campanha, ainda não se posicionou sobre o assunto. 


Eu acho isso uma falta do que fazer, fala sério! Concordo plenamente que só por ser a Gisele a fazer o comercial, já se descarta a imagem prostituta/piriguete/rapariga. Além do mais, se isso for um comercial que prejudica a imagem feminina, relacionada ao sexo, a maioria dos programas de TV, NOVELAS inclusive deverão ser retiradas do ar. Isso é hipocrisia.. 


Qual a opinião de vocês?

Um comentário:

  1. A maior parte da mídia realmente prejudica a imagem da mulher, e isso acontece porque a nossa sociedade é extremamente sexista/machista/misógina. Veja como você mesma, mulher, não consegue enxergar os reais fatos. Veja como a maioria das pessoas desconhece todo o teor psicológico por trás de brincadeiras "inocentes". A educação dos brasileiros torna essa situação ainda mais triste, todos deveriam estudar a fundo sociologia nas escolas, ainda mais quando se fala de diversidade, comportamento, etc.
    Se você considera relacionar tudo o que seja sensual sempre ao feminino com dominância da sexualidade masculina, tecendo assim a imagem de que a mulher precisa ser "sexy, bela e burra" e que os homens nunca devem as dar ouvidos, eu sinto muito. Se você não consegue ver que em todos os lugares as mulheres são tidas como símbolo de beleza APENAS (e mais uma vez, com foco no desejo masculino), e os homens como símbolos de humanidade, trabalho, inteligência e independência, eu sinto muito. E por favor, se você acha que Gisele não poderia fazer o papel de "prostituta" e que uma prostituta de fato não teria chances de fazer o papel de uma "mulher comum" (afinal, ela é uma mulher comum apesar dos pesares), eu sinto muito por todas nós mulheres pelo menos um pouquinho mais conscientes.
    Hipocrisia é achar isso falta do que fazer, mas não fazer nada pelo seu próprio gênero. Isso é assunto feminista, assunto de mulheres que acreditam em direitos iguais, como também sabem que eles sempre nos são negados - e que essas artimanhas são armas letais. Deixe para essas mulheres o trabalho de salvar a sua, a minha, a nossa carne, mente e papel dentro de uma sociedade vil... no fim do dia você dorme tranquila, não?

    ResponderExcluir